Partimos de trem da estação de Atocha em Madrid, Espanha, para Yecla. Essa região não é muito conhecida, mas produz vinhos bárbaros!
A antiga tradição vinícola da região remonta à época dos fenícios, que já cultivavam vinhas nessas terras de solo pobre e clima extremo.

Nos últimos anos, a pequena DO Yecla rapidamente ganhou reconhecimento pelo caráter único e pela qualidade de seus vinhos.
Yecla obteve a denominação de origem em 1975, mas 20 anos antes, as vinícolas já começavam a proclamar a qualidade de seus vinhos. Isso depois de tomarem um novo caminho, deixando para trás os vinhos velhos, mais potentes e robustos, para oferecer tintos engarrafados modernos e elegantes. A maioria deles explorando o grande potencial da Monastrell, uva nativa da região.

A Monastrell, também conhecida pelo nome de Mourvèdre, é uma uva de maturação intermediária a tardia, responsável por vinhos robustos, com taninos intensos e aromas frutados.
Na região, a Monastrell é plantada a uma distância de 2 metros entre cada videira, pois o índice de pluviosidade é extremo, assim uma planta não rouba água da outra. Por lá não é permitido rego d’água.
Após o trabalho em campo, degustações e negociações, seguimos para o restaurante da vinícola que já ganhou vários prêmios e recomendação do Guia Michelin. Lá vou eu de novo!
Com uma pegada Ferran Adrià, o jantar se inicia com um menu degustação com vários mini pratos. Dentre eles, selecionei dois para dividir com vocês: um algodão doce, só que salgado, com uma farofa de pão com gosto de porco junto a uma gelatina agridoce de tutano.
O outro, não menos esquisito, uma pedra com uma folha que remetia ao gosto de ostra… Ainda bem que a pedra não precisei comer…rsrs.
Tim-tim!