O mundo dá voltas – quando se trata de vinho também. Achei estas fotos na minha biblioteca, elas são registros de dois huntings que fiz no Valle de Uco, na Argentina, com 11 anos de diferença entre eles.
O mesmo banco abaixo de uma árvore linda que convida para um bom puro. Aliás, se repararem bem na foto estou com meu cubano!


A mesma casa de hóspedes ao lado das vinhas, confortável e aconchegante com o piso de lajota vermelha, casa de agricultor mesmo.


A sala de degustações é a mesma, porém com outros vinhos e outras propostas. Interessante que ali ficou claro a evolução dos vinhos argentinos. No passado havia vinhos potentes, opulentos, alcoólicos, com longos meses em madeira de primeiro uso. “Malbecs de cortar com a faca” como ouvi muito.

Agora, eles dão lugar a vinhos elegantes, lineares, com pouca madeira, mesclando primeiro, segundo e até terceiro uso sem perder as características fantásticas desse terroir abençoado.
O churrasco de costela que confesso é o melhor que já comi na vida, afinal não há adjetivos para descrever o quão boa é a carne argentina. Já tentei fazer em casa com a receita que o “asador” me deu na época, ele também é o mesmo.


Espero voltar ao Valle de Uco um dia – e que não demore mais 11 anos -, para matar as saudades do acolhimento, churrasco de costela e vinhos bárbaros que ficaram na memória!
Salute!